Retesei meu arco,
Mirei para o alto
E disparei minha flecha
Que saiu voando,
Girando ao oposto
Do movimento que gira
A Terra...
Minha flecha partiu do Triângulo
Em diagonal ela foi circulando
Passou perto de Montes Claros
E pela Bahia.
E ia sobre-voando o Atlântico.
Passou por cima do Porto.
Atravessou Espanha e Alemanha
E toda a Europa.
Pela Rússia entrou na Ásia
Deu a volta e passou pela Antártica
E pelo Rio da Prata
E retornou à minha mão.
Com ânsia de conhecimento
Novamente mirei o firmamento
E a disparei.
Esperei...
E mais mundo me veio.
Estive em Belém e Jerusalém.
Cairo e Maracaibo.
Boston, Berlin e Pequim.
Luanda, Finlândia e Mariana.
E retornava para Uberlândia.
Minha flecha vagou muito
E m'apresentou o mundo
que era tão imenso,
Mas parecia, agora, tão pequeno.
Conhecimento?
Conquistei.
Mas quis outros universos...
Foi então que mirei
A fonte das emoções e das canções.
Minha flecha atravessa e desvenda
Os corações.
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