_Bem que ele poderia nadar até a superfície
_É, mas o escuro tirou toda a sua coragem, não consegue sequer estender os braços.
A Caixa Econômica Federal suspendeu a veiculação de uma campanha publicitária em comemoração aos seus 150 anos. No comercial o escritor Machado de Assis é retratado como um homem branco, sendo o mesmo mulato.
O comercial foi considerado agressivo por alguns movimentos de causas raciais, a Seppir classificou o comercial como "uma solução publicitária de todo inadequada".
Ao alterar a cor do escritor a Caixa também altera a sua história, distorcendo até mesmo suas evidencias pessoais que envolvem a sua obra. Fato bastante incômodo, não tão somente pelo fator racial, mas também pela imagem do escritor e pela descaracterização que poderá sofrer a sua obra pelos veículos sociais. A Caixa mostrou que 150 anos de banco não foram suficientes para entender a historia do país.
Segue o comercial :
O festival de música Rock In Rio é belo exemplo das deturpações ideológicas e artísticas que vivemos. Nada mais do que a prova mais concreta de que tudo foi perdido, tudo é vendido, nada mais é o que deveria ser.
Como o nome mesmo diz, o evento deveria promover o estilo musical conhecido pelo mundo como ‘Rock’. Assim como, sendo um evento do mesmo, os artistas que participam deveriam tocar simplesmente: ROCK e, é claro, seus vários estilos, como o: Classic Rock, Progressive Rock, Psicodelic Rock, Rock N’ Roll, etc.
Claro que teremos artistas do gênero como: Metallica e Guns N’ Roses. Em contrapartida grande parte dos artistas são de movimentos musicais totalmente diferentes, e sem exagero podem ser chamados de antagônicos, por exemplo:
Maria Gadú, Shakira, Katy Perry, Riahnna, Marcelo D2, etc.
É grotesca a falta de respeito dos organizadores no evento ao convidar cantoras como Claudia Leite e Ivete Sangalo que são símbolos da mediocridade musical, meros produtos de alienação.
Vá lá! Dar uma de roqueiro e, ajude a vender o que tínhamos de mais precioso: Arte, Ideologia.
Quando Ele subiu na montanha
Percebeu,
Qual baixo poderia cair,
No entanto,
Tentou subir o mais alto que pode
Quando não pode mais
Respirou aliviado,
Sentiu-se o maior dos homens
Esqueceu-se
Que a queda seria muito maior
No entanto,
Ignorou e caiu
Quebraram-se as pernas
Partiu com o seu Ego e,
Desejou no mais impetuoso de seus pensamentos
Nunca ter subido.
Nostalgia é um sentimento que remete saudades de uma época já vivida. O que fez nostalgiar-me dessa vez foi lembrar que há mais ou menos uma década estava eu e os meus amigos brincando de ‘bafo’ com os tazos de animais em extinção. Para ser mais exato, os tazos estavam no mercado entre 1998 e 1999.
Bons tempos, tempos em que o mais importante de minha vida era completar a coleção dos 80 animais em extinção. Quem que viveu nessa época que não cansou de comprar chicletes só para completar a sua coleção?
Bons tempos que não voltam jamais...
Não que eu seja um grande defensor de toda a piração dos anos 60 (imagina!); mas ultimamente tenho me deparado em/com situações constrangedoras, nas quais fico pensando como uma pessoa com livre-arbítrio pode suportar. Não falo somente de música; falo de tudo! Tudo está muito sem-sal, sem nenhuma luz nos olhos e coisas assim; como uma coca-cola sem gás.
Permitam que eu seja mais claro. Como temos consumido cultura? Como temos nos comunicado com as pessoas? Como temos acesso até mesmo às pornografias da puberdade? Internet! Na frente de um computador, paradão como se o mundo se resumisse àquilo. Claro que isso é uma generalização.
Agora falemos de comportamento social. Não sei se é um fato local, mas vejo as pessoas cada vez mais individualistas. Não digo egoístas apenas, digo individualistas. Temos muita tecnologia pra isso. Fones de ouvido muito bem elaborados, com a capacidade de nos vedar do mundo (Fahrenheit 451?), ligados a smart phones tornam uma simples caminhada de uns metros, numa perfeita alienação. Quantos de nós não dizemos: “Putz, nem te vi na rua cara!”
Culpa da tecnologia? Que nada. Se fosse por esse princípio, a música dos anos 60 poderia muito bem ser igualada com a de hoje, proporcionalmente. Antigamente, acreditava tratar-se das músicas que as pessoas ouvem; quando também não é. Música alienada existe desde sempre. E no mais, acredito que culpa não é uma boa palavra, seria melhor causa circunstancial depreciativa de uma comparação entre partes. Sim, estou falando do “politicamente-correto”.
Este mesmo texto que por vós é lido, foi alterado umas três vezes para não ofender ninguém. Sabe por que? Porque eu não quero ser processado! E se estiver lendo uma versão impressa, faça o favor de não jogá-lo em via pública, e sim dobrado numa lata de lixo reciclável para papel. Aliás, melhor nem imprimir. Abracemos as árvores! E os peixes! Abrace hoje mesmo!
E olha o Pente!