domingo, 3 de julho de 2011

Antagonismo


Seriam o sexismo feminino e o racismo afro formas de defesas reflexos de um complexo
de inferioridade historicamente imposto?

Sexismo:

O machismo é uma forma de sexismo em que se exalta a preponderância do gênero masculino sobre o feminino.

O machismo é historicamente pautado na força física. Desde há muito a sociedade é pautada nele, a figura do patriarca, o pai de família, o chefe do lar. Esse sistema já fez muita gente e muitas famílias sofrerem.

Surgiu a figura do sexismo feminino, o feminismo. Nesse movimento é pregado a independência da mulher, seu protagonismo e sua igualdade, e também superioridade em relação ao gênero masculino.

Para aqueles que acreditam em Deus ou no Big Bang ou na Evolução das Espécies cedo ou tarde devem chegar a uma conclusão:

"A evolução e o bem-estar só serão possíveis quando houver diálogo franco e respeito". Não há gênero superior. Acreditar na superioridade dos gêneros somente proliferará a dor.

Superioridade Racial:

Desde sempre o ser humano acredita que individualmente ou o grupo a que pertence é o melhor. Na Europa desenharam um Cristo com traços europeus, para se aproximarem da divindade, assim como na arte bizantina o Cristo é representado com os traços bizantinos.

Teorias foram forjadas para provar que determinado povo, com determinadas características, eram superiores e deveriam sub-julgar outros povos, para assim levarem a civilização e a evolução.

Exemplo? Europeus, japoneses, americanos, médio-orientais, ameríndios e vários outros povos, dentre eles até mesmo os afros, que na nossa história de Brasil sempre são lembrados como "os escravos".

Na África também havia escravidão. Tribos africanas escravizavam pessoas de outras tribos e vendiam para europeus. A escravidão faz parte da história do mundo.

No Brasil e nos Estados Unidos, por exemplo, devido a essa "herança histórica", afro-descendentes foram escravizados e humilhados, por um sistema machista e racista.

Hoje nesses países já não há mais escravidão oficial atrelada à cor de pele, mas a "herança" persiste tanto para os descendentes dos escravizadores, quanto para os descendentes dos escravizados.

Isso é refletido na existência de um sistema de cotas, por exemplo, ou em leis que punem que ofende outra pessoa pela cor de sua pele, se ela for afro-descendente.

Leis que permitem pessoas desfilarem com uma camiseta estampada "100% NEGRO", mas que puniriam um "100% BRANCO".

Convenhamos, isso também é racismo, é discriminação. Cor de pele não define nada. Mas esse antagonismo ainda está presente no âmago da alma de muita gente.

Não são leis que vão mudar o panorama. Educação e respeito, altruísmo, é que transformarão o mundo.

Xenofobia:

Uma discriminação maior que pela cor da pele, mas pelo grupo, ou país, a que pertence. Culturas se acreditam superiores e creem que mistura ou miscigenação acabaria com a pureza, a linhagem, a grandeza de sua identidade.

Seria orgulho ou seria medo?

Exemplo: Americanos com hispânicos, europeus com árabes ou afros, japoneses com qualquer estrangeiro, paulistanos com
nordestinos.

As fronteiras que dividem o mundo só existem no mapa. O mundo é uno, apesar dos oceanos separarem os continentes.

Cultura não é estática, sempre dinâmica.

Aos opositores da globalização: ela é inevitável e, acreditem, benígna. O mundo começa a querer se enxergar como um só. As barreiras ainda cairão.


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