segunda-feira, 27 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
Um cara normal.
Fétido, sujo, repugnante. Sim, todos me veem como o tal. Não me lembro quando
passaram a me julgar dessa maneira, lembro apenas de um tempo em que parei de
frequentar os bares da vida, nenhuma beleza atraía-me mais, nenhum sonho vivo
permanecia em meus pensamentos.
Diziam que o meu mundo havia desmoronado,
também diziam que eu estava doente, que deveria me animar para a vida e
enfrentar os desafios que ela proporciona. Desafios? Asneiras! Nesse momento é
que começaram a me colocar tais adjetivos: sujo, fétido, repugnante, eram assim
que me chamavam.
Hoje, todos os amigos de outrora estão
casados, com filhos e se dizendo felizes, realizados, limpos. Pessoas que
contribuem para algo. Já eu, prefiro não contribuir, prefiro não espalhar minhas
más qualidades ao vento, prefiro apenas aceitar toda a minha sujeira, meu
fedor, minha repugnância.
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