quinta-feira, 31 de março de 2011

Ziggy Stardust - David Bowie

Ziggy tocava guitarra,
Improvisando com Esquisito e Gilly
E As Aranhas de Marte
Ele tocava com mão esquerda
Mas foi muito além
Tornou-se um homem especial
Então éramos a banda de ziggy

Ziggy realmente cantava
revirando os olhos e desmanchando o penteado
Como um gato do japão
Ele podia derrotá-los pelo sorriso
Ele podia deixá-los pra girar
Um homem tão carregado
Indeciso e sem bronzeado

Então onde estavam as aranhas enquanto
o voo tentava acabar com nossa coragem?
Apenas o luminoso da cerveja a nos guiar
Então reclamamos de seus fãs
E devíamos esmagar sua doces mãos?

Ziggy tocou muito tempo
nos dizendo que éramos vodus
A molecada era grosseira
Ele era o máximo
Com o traseiro que Deus lhe deu
Ele levou tudo muito longe, mas
Garoto, ele podia tocar guitarra

Fazendo amor com seu ego
Ziggy chupou sua mente
Como um Messias leproso
Quando os garotos mataram o homem
Eu tive que acabar com a banda

Ziggy tocava guitarra

Flecha


Retesei meu arco,
Mirei para o alto
E disparei minha flecha
Que saiu voando,
Girando ao oposto
Do movimento que gira
A Terra...

Minha flecha partiu do Triângulo
Em diagonal ela foi circulando
Passou perto de Montes Claros
E pela Bahia.

E ia sobre-voando o Atlântico.
Passou por cima do Porto.
Atravessou Espanha e Alemanha
E toda a Europa.

Pela Rússia entrou na Ásia
Deu a volta e passou pela Antártica
E pelo Rio da Prata
E retornou à minha mão.

Com ânsia de conhecimento
Novamente mirei o firmamento
E a disparei.
Esperei...
E mais mundo me veio.

Estive em Belém e Jerusalém.
Cairo e Maracaibo.
Boston, Berlin e Pequim.
Luanda, Finlândia e Mariana.
E retornava para Uberlândia.

Minha flecha vagou muito
E m'apresentou o mundo
que era tão imenso,
Mas parecia, agora, tão pequeno.
Conhecimento?
Conquistei.
Mas quis outros universos...
Foi então que mirei
A fonte das emoções e das canções.
Minha flecha atravessa e desvenda
Os corações.

terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar

José Alencar Gomes da Silva


Longe de qualquer ideologia política ou de qualquer pretensão ou qualquer coisa do gênero, faleceu nesse 29 de março de 2011, em São Paulo - SP, aos 79 anos, o político e empresário brasileiro e ex-vice-presidente da República Federativa do Brasil, José de Alencar, mineiro nascido em Muriaé - MG.

Popularmente se diz que três coisas não se discutem: Religião, Política e Futebol.

Se ele foi bom ou mau político fica ao critério do crítico.
Pessoas são ruins. Pessoas são boas. Carregam consigo essa dualidade: o bem e o mal.
Erram muito, mas também acertam bastante.
Interesse. Isso move o mundo. Somos guiados por nosso interesses, que podem levar tanto à coisas boas quanto à coisas ruins.

Política é um jogo e uma arte. A arte de negociar, de saber conquistar e saber ceder. Existe o bem e o mal na política?

O que guardo de José de Alencar?
Independente do que ele foi ou deixou de ser, foi um ser humano. Com todas as virtudes e todos os vícios que podemos carregar.

E foi bruto! Venceu diversas batalhas contra o câncer, mas perdeu a guerra.
Nenhum ser humano, normal, gosta de sofrer, mas pode aceitar a dor.
Mesmos os inimigos e desavenças de José de Alencar,
porque na política sempre se faz inimigos e desavenças,
devem reconhecer que ele sofreu com sua enfermidade.
E lutou por sua vida, o que é bastante normal, ou deveria ser.

José de Alencar foi viking. Passou por várias cirurgias.
Que seja recebido em Valhalla por Odin e viva sua vida imortal
Com muita cerveja e muita carne e rodeado por belas valquírias.

Um desejo por todos os seres humanos:
Que batalhem pela vida!
Que tenham morte gloriosa!
Que sejam dignos de Valhalla!
Que sejam felizes!


Opium

Preso dentro de mim
Sem saber aonde ir ou o que pensar
Minha própria mente é meu algoz
Não há pra onde fugir

Traga-me mais ópio...

Embriago – me em teus beijos,
Excito-me em teus braços
Gozo em suas pernas,
No mais,

Traga-me mais ópio...

A saudade escorre pelos olhos
Dor escorre da caneta para o papel
Destruo - me, crio realidades
Sinto minha alma se libertar

Traga-me mais ópio...

As palavras me fazem bem,
Vejo o que quer me mostrar.
Escuto suas doces mentiras
Nelas, eu transbordo.

Traga-me mais ópio...

Vivo como é para viver,
Acredito no que é para crer.
Nego o que não posso entender
Durmo em seus seios,

Traga-me mais ópio...

Sinto o que quero sentir.
Escuto o que quero escutar.
Vejo o que quero ver.
Existo, assim eu existo.

Um pouco de ópio pros olhos verem
O que o coração não iria aguentar
Já não importa se meu corpo está destruído
Contando que eu não sinta mais dor

Traga-me mais ópio...

A segunda mãe chama meu nome em vão
Já não importa agora
Pra quem experimentou o inferno fora de hora
Só quero mais um bocado de ópio,

Só, não acorde- me,
Só, não me deixe só,
Por favor,
Deleite-me.

Só, traga-me mais ópio.





(Adriano Andrade ; Augusto Alves)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Trilhas Sonoras marcantes

Ilha do Medo (2010)

Max Ritcher - On the nature of daylight



O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001)

Yann Tiersen - La Valse d'Amelie

 

Fonte da Vida (2006)

Clint Massel - The Last Man


Gattaca (1997)

Michael Nyman - The departure

 

Bastardos Inglórios (2009)

Ennio Morricone - Un Amico

 

Era Uma Vez na América (1984)

Ennio Morricone - Deborah's Theme

 

Poderoso Chefão 2 (1974)

Nino Rota - Michael Comes Home

 

Touro Indomável (1980)

Pietro Mascagni's Cavalleria Rusticana - Intermezzo

 

Pulp Fiction (1994)

The Brothers Johnson (Strawberry Letter # 23)



Oldboy (2003)

For whom the bells tolls



Clube da Luta (1999)

Pixies - Where is my mind?

 

 

Adeus, Lênin! (2003)

Yann Tiersen - Summer 78

 

sábado, 26 de março de 2011

"A peça"


Um, dois três...

Espere só mais um pouco,

Um, dois, três e...

Calma, acho que não é assim

Quem dera se fosse ensaiado,

Se pudéssemos treinar antes

Mas, não podemos

Ela é definitiva

Os erros são inevitáveis,

Os acertos, bem, estes,

Nos evitam às vezes

A primeira vez,

A ultima chance.

Tudo tão próximo,

Tão distante,

Ela é a vida.

Simples assim...

sexta-feira, 25 de março de 2011

Led Zeppelin como trilha sonora de "Mundo Surreal" (Sucker Punck)

Que o Led Zeppelin foi avesso as entrevistas todo mundo sabe, também que o grupo usualmente não dava concessão para o uso de suas trilhas sonoras em filmes e tão pouco tinham o hábito de lançarem singles, também.
Mas isso vem mudando com o passar do tempo, depois do fim da banda já foram permitidas pelo menos duas concessões para e uso de suas suas músicas no cinema: Em Shrek e Escola de Rock. Atualmente no cinema mais uma música do Led Zeppein será usada em um filme : a música se trata de When The Leeve Breaks, música que foi gravada pelo grupo em seu IV álbum;
Apesar de a música ter sido bloqueada de inicio, pela questão dos direitos autorais, no lançamento oficial do trailer de Mundo Surreal (Sucker Punch) ela apareceu como uma das principais trilhas do filme. O que dá para concluir que o Led Zeppelin vem mudando de opinião quanto a alguns assuntos que tem relação com a imagem da banda, não que isso seja relevante para um dos mais importantes grupos da historia da música em geral, para quem ainda não sabe de que filme se trata segue o trailer no filme, com a trilha do Led Zeppelin:



sábado, 19 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

No Corredor


Acordo empapado de suor. Ainda é madrugada, ao menos suponho que seja, aqui dentro do meu quarto é impossível saber a hora exata. Tento dormir novamente, não consigo, é impossível, a ansiedade me domina, dentro de algumas horas estarei dando o mais belo espetáculo de minha vida, um momento pelo qual sempre esperei.

            Decido parar de tentar adormecer. Não faz mais sentido sonhar, tenho poucas horas antes do “show”, preciso aproveitá-las acordado. Fico observando o teto, o mesmo maldito teto com que dei as caras assim que acordava nos últimos anos. É a última vez que o observo assim. Estou me despedindo deste lugar, deste mundo, indo para a glória, a transcendência.

            Finalmente a manhã chega, sei disso pelo rapaz uniformizado que passa em frente ao meu quarto apressadamente. Sendo assim, em pouco tempo o café  é servido: mingau de aveia, pastoso e doce, não é dos meus preferidos, mas me acostumei ao sabor.

            O rapaz aparece novamente trazendo uma visita, um homem com uma batina e bíblia na mão, um padre, presumo. Não entendo o que um destes quer ao me visitar, enfim, ele entra no quarto de forma cautelosa e senta-se na beirada de minha cama respeitosamente.

            E começa o seu discurso sobre Deus, céu, inferno, sentido da vida, perdão e Cristo. Depois de um monólogo interminável pergunta-me se quero me livrar da culpa, dos  pecados.

            Não o entendo, nunca fui pecador, nunca fui culpado de nada, sou um dos seres mais puros que já pisaram neste planeta, talvez a única culpa que tenha seja de ser um eterno lutador, um artista, alguém predestinado ao sucesso.

            Tento explicar isto ao camarada. Ele não entende e insiste em seu argumento. Digo que está muito enganado, que estava naquele lugar não por ser um condenado ou por ter cometido algum crime, e sim para me preparar para o espetáculo final, para a minha obra-prima essencial.

            Um abatimento cai sobre o rosto do homem. Ele se levanta, balança a cabeça tristemente e vai embora com as suas fábulas sobre o céu e o inferno.

            Estimo que se passem mais algumas horas. O nervosismo cresce dentro de minha alma, o coração parece que vai explodir. Será que estarei pronto? Será que irei satisfazer o público? A incerteza é angustiante.

            O almoço chega, mas não qualquer almoço, esse é especial, eu o escolhi, deram-me esse pequeno prazer. Feijões vermelhos, ovos, amendoins e suco de abóbora. Tudo na proporção exata. Engulo com voracidade, com o apetite de um rei. Sou o mais sortudo do mundo neste momento.

            Mastigando, uma reflexão vem a minha mente: depois de hoje, dentro de alguns minutos, suponho, não precisarei de refeição alguma, nunca mais, então por que ingiro esta? Alimentos servem para dar energia, para sobreviver, para dar continuidade a vida, e minha vida, bem... Confesso, esse pensamento infeliz tirou um pouco de meu apetite.

            Após o almoço, dois uniformizados aparecem, abrem as portas de meu quarto, e pegam-me pelos braços (ainda bem, não sei se iria conseguir ficar de pé sozinho) e sou levado.
         
            Enquanto sou arrastado ao destino final, passo a passo pelo corredor cinza escuro, tento relembrar o que me levou até aqui, lembranças vagas e imprecisas passam pela cabeça, não consigo conectá-las com o agora. Não importa, não é necessária explicação, talvez eu simplesmente sempre estivesse aqui, caminhando pelo corredor cinza escuro lustrado.

            Chego ao palco, olho com relutância A cadeira, onde farei a performance. O público sentado ao fundo dirige olhares frios como pedra a mim. Os uniformizados colocam-me  no lugar devido.

            O procedimento é iniciado. Sou amarrado, esponja molhada é colocada sobre  minha cabeça, assim como um tipo de capacete, gotas d’água escorrem sob meu rosto. Sinto-me tenso.

            Um dos uniformizados começa a falar em voz alta, cita um nome várias vezes, de alguém que certamente não conheço, um sujeito que cometeu vários crimes hediondos e outras besteiras que não tinham nada a ver comigo. Deve ser algum faz de conta, parte do teatro.

            Perguntam-me se tenho últimas palavras, não, não as tenho, tudo o que faço é sorrir de forma nervosa. Mostrarei o que realmente sou, o importante, no espetáculo a seguir.       

            “Que Deus tenha piedade de sua alma”, diz um homem. A platéia me olha de forma raivosa, sedenta por um pedaço de mim. Bem, logo terão isso. Fico feliz.

            Uma alavanca é acionada. Corrente de excitação pelo corpo. O show começa.

         

...                  

καθρέπτης



dizem que somos quem pensamos...
será que sou você?
será que sou eu aí dentro?
se ao menos você conseguisse sentir o que eu escrevo..sinto eu que o escrever conseguisse eu menos ao Se

será que nós dois sou um só?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Erros


Meus erros acertam-me,

Em cheio.

Riem na minha cara,

Se pudesse mandaria os embora, sem receio.


Para um lugar distante,

Que não fosse tão distante assim.

Pois assim mesmo, queria vê-los,

Para que não se escondessem de mim.


Não queria tê-los?

Perde-los por completo?

Não queria tanto assim.

Aliás, o que eles querem de mim?

"Gorjeio de aves"


Gorjeio de aves

do outro lado do mundo
lá onde falam inglês
as aves gorjeiam o seu nome...
no lado de dentro de mim
soa um cântico de fome
de falta, de saudade...
de poder ouvir mais uma vez
os pássaros desse lado do mundo
chamando o seu nome...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Quaresma (2)

E veio a palavra do SENHOR segunda vez a Jonas, dizendo:

Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que eu te digo.

E levantou-se Jonas, e foi a Nínive, segundo a palavra do SENHOR. Ora, Nínive era uma cidade muito grande, de três dias de caminho.

E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, dizendo: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.

E os homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de saco, desde o maior até ao menor.

Esta palavra chegou também ao rei de Nínive; e ele levantou-se do seu trono, e tirou de si as suas vestes, e cobriu-se de saco, e sentou-se sobre a cinza.

E fez uma proclamação que se divulgou em Nínive, pelo decreto do rei e dos seus grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem se lhes dê alimentos, nem bebam água;

Mas os homens e os animais sejam cobertos de sacos, e clamem fortemente a Deus, e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos.

Quem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?

E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.

(Jonas 3)


Não quero ser moralista, nem fazer pregação nenhuma, mas àqueles que acreditam no tempo da Quaresma, só venho "advertir" (e lembrar a mim mesmo, inclusive) que de nada adianta se fazerem jejuns e continuar no "mau caminho".

"Mau caminho" não quer dizer não ir a igreja, seja ela qual for, mas sim: desrespeitar a dignidade das pessoas, ser egoísta, vaidoso, arrogante, soberbo (e outras coisas "boas") ao extremo.

terça-feira, 15 de março de 2011

olutìt [2]




AINDA
com o tempo ela cultivou e cuidou da Terra
fez dela seu lar
tomou seu espaço E seus nutrientes
plantou rosas por onde andava
graças Ao seu trabalho
colheu as Mais belas flores já vistas
quando obteve todas as rosas que queria, se mudou
deixou para trás somente os espinhos
a terra descuidada, abandonou seu lar
e foi espalhar as pétalas em outros campos...
...e nem sequer Olhou pra trás.

domingo, 13 de março de 2011

O mundo é minha Representação!!!!!!

Schopenhauer em sua obra “O Mundo como Vontade e Representação “(1819) estabeleceu os conceitos de Vontade e Representação; a Vontade seria o fato de que o homem ao tomar consciência de si ele se experiência a ser movido pelas paixões, desejos e aspirações.

Já a Representação seria obtida através de dois pólos, o objeto, constituído a partir do tempo e espaço, a outra, seria a consciência subjetiva acerca do mundo, sem a qual o mesmo não existiria.

Como o homem tende a sempre desejar, o desejo o lança a um ciclo de aspirações sem fim, desta forma a vida do homem caminha para o sofrimento. Com isso a supressão da dor torna-se então momentânea, pelo fato de sempre desejar algo, o que gera assim uma ausência momentânea de infelicidade, a partir desta supressão, deseja-se novamente, o que gera dor, esta dor seria a única e verdadeira realidade.

Partindo deste pressuposto, faça o que desejar, torne todo o momento que vive em sua vida na eterna confirmação e chancela de que a vida realmente tenha um sentido e que esse mundo é o melhor dos mundos possíveis (apesar do Fiuk, Restart, corrupção, doença, etc.), nós fazemos nosso mundo!!!!


“O mundo é minha Representação” – Arthur Schopenhauer

sábado, 12 de março de 2011

Diferente, mas igual








            Muito já foi falado sobre a nossa suposta “evolução espiritual”, o dia em que tudo irá mudar, no qual nós, finalmente, iremos entrar em paz consigo mesmos, essa verdadeira mudança por qual muitos anseiam desde o início dos tempos.
            Pois, falando a verdade (ao menos a minha verdade), as coisas só mudaram na superfície, aliás, dane-se essa “coisificação”, quando digo “coisas” me refiro à sociedade e a todas as instituições que a compõe, me refiro também ao campo individual, a nós mesmos, que só mudamos e dançamos conforme a música, de maneira superficial e não verdadeira.
            Tudo continua, em essência, a mesma coisa (a maldita “coisificação” de novo!), pessoas se aproveitando uma das outras, violência se alastrando como uma praga, a idiotice generalizada, ricos ficando cada vez mais ricos e pobres ficando cada vez mais pobres (wow, que original!), o sistema virou algo enorme e sem controle, onde cada um que o compõe pensa, antes de tudo, em seu crescimento individual do que o bem estar de nossa querida sociedade, um exemplo clichê, mas ainda sim um exemplo, são os nossos políticos, que pensam mais no próprio bolso do que o bem estar de nossa nação, mas não vamos culpá-los, afinal, a maioria das pessoas também fazem isso, chega a ser natural.
            É cíclico, estamos cometendo os mesmos erros que foram cometidos há centenas de anos, talvez, como já foi dito, seja de nossa natureza, pois, convenhamos, é confortável e seguro seguir o passo de nossos ancestrais e repetir a mesma bobagem de novo e de novo.
       A tecnologia pode mudar, novas modas e religiões podem vir, nossos líderes podem dar seus lugares a outros, enfim, podem ocorrer várias mudanças no sistema, mas tudo isso é só a superfície, a transformação não passa de uma ilusão barata, ainda engolimos sapos do governo, ainda fingimos que o sistema, que é contraditório pois tenta manter a ordem mas tem uma natureza caótica, faz sentido, enfim, chegou-se ao ponto em que mencionar a palavra “hipocrisia” é hipocrisia.  
            E não há como ter alteração real (se é que tal existe) enquanto este sistema autodestrutivo e cíclico perdurar. A humanidade já mostrou inúmeras vezes que é apta a cometer o mesmo maldito erro várias e várias vezes, basta olhar a história, desde o início dos tempos, e é esta mesma humanidade que criou esse sistema, ou seja, a sociedade já nasceu como uma anomalia e mesmo assim ainda tenta passar uma imagem de algo organizado, controlado, bem, mas não é assim, somos regidos pelo Caos e tão somente pelo Caos, fugir disso é impossível.
            Enfim, se existe alguém ainda lendo este texto pretensioso, generalizado, misantrópico, niilista e cheio de erros gramaticais, o que quis dizer é que até o “novo aeon”, “2012”, apocalipse, renascer da humanidade, a tão afamada utopia, ou qualquer bobagem idealizada do tipo, viveremos num ciclo interminável, onde tudo só muda na aparência e o grosso do caldo, o grande problema, continua intrínseco à sociedade. Claro que existe esperança, mas esperança é o que é, algo supervalorizado, o eterno esperar de algo que pode muito bem não acontecer.
            Se existe solução? Provavelmente não, os que tentam alterar e subverter este quadro geralmente são punidos e excluídos da sociedade, e a maioria não está disposta a isso, incluído eu, pois é uma batalha perdida, só me resta observar tudo ao meu redor mudar mas no fundo continuar a mesma porcaria pútrida de sempre, diferente, mas igual.

Quaresma

Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados.

Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que pratica justiça, e não deixa o direito do seu Deus; perguntam-me pelos direitos da justiça, e têm prazer em se chegarem a Deus,

Dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho.

Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto.

Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR?

Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?

Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?

Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.

Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniqüamente;

E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.

E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.

(Isaías 58, 1 - 12)

quinta-feira, 10 de março de 2011

de filho da puta o mundo tá cheio!!!



oh puta mãe, por que pariste tantos filhos?

manera!!! USA CAMISINHA PÔ!!!

Stanley Kubrick

Em 7 de Março de 1999 falecia um dos maiores cineastas da história, Stanley Kubrick. Aos 70 anos de idade e aparentando boa saúde, Kubrick sofre um ataque cardíaco enquanto estava na Inglaterra, nesse período ainda estava trabalhando conclusão de seu último filme, De Olhos Bem Fechados.

Kubrick sempre esteve à frente se deu tempo. Seus filmes no geral eram recebidos com apatia pela crítica da época, entretanto, todos se tornariam clássicos consagrados pelos mesmos.

Como um grande apreciador de literatura, música e fotografia, Kubrick transmitiu estes elementos para suas obras. Todos os seus filmes foram adaptados de romances literários, tiveram um grande apelo sonoro e fotografia extremamente trabalhada.


Cineasta notável, praticamente produziu somente clássicos. A história não permite que eu minta, seu legado compreende nada menos que:

1953 - FEAR AND DESIRE

1955 - A MORTE PASSOU POR PERTO

1956 - O GRANDE GOLPE

1957 - GLÓRIA FEITA DE SANGUE

1960 - SPARTACUS

1962 - LOLITA

1964 - DR. FANTÁSTICO

1968 - 2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO

1971 - LARANJA MECÂNICA

1975 - BARRY LYNDON

1980 - O ILUMINADO

1987 - NASCIDO PARA MATAR

1999 - DE OLHOS BEM FECHADOS

Devido seu perfeccionismo Kubrick dirigiu apenas 13 filmes em toda sua carreira. O necessário para mudar o curso da história do cinema. Seus filmes mostravam a realidade como ela é, e uma técnica que impressionava a todos. Kubrick nunca recebeu um Oscar como melhor diretor (o que mostra o descrédito desta premiação) assim como outros dois gênios do cinema: Alfred Hitchcock e Charlie Chaplin.

Fica ai uma pequena e simplória no MacumbaViking á um pessoa que realmente tratava a arte como ela deve ser tratada.

"Larânja Mecânica não é um filme violento, Tom & Jerry é violento. Tom & Jerry mostra a violência como algo engraçado, o que não é, já Larânja Mecânica mostra a violência como ela relamente é, cruel." - Stanley Kubrick